Metaverso é a terminologia utilizada para destacar o mundo virtual sendo aplicado na realidade, um conceito recente que expande nossas possibilidades com novas dimensões de tempo e espaço devido às somas de realidade virtual, realidade aumentada, internet e mundo real. Em resumo, é como se conectássemos o mundo físico ao mundo virtual, já que a interlocução entre o virtual e o físico é uma realidade em ascensão. Assim, tudo caminha para a materialização de um novo universo: o metaverso.
“Tenho visto muitas pessoas assustadas com a evolução tecnológica que temos vivido. Por isso, faz-se necessário desmistificar o conceito de metaverso. Que tal pensarmos nisso como uma grande evolução das redes sociais? Considerando que a maioria de nós atualmente já participa dessas redes, automaticamente migraremos para essa nova realidade, seremos representados por nossos avatares e poderemos percorrer mundos construídos pelos mais diversos agentes: governos, empresas, marcas, pessoas físicas – todas com imensa perfeição de detalhes”, explica Vanessa Sebenello, Head of Marketing, Design and Digital Transformation na Pertech do Brasil.
É fato: o comportamento de compra do consumidor está mudando rapidamente, a expectativa dos clientes está cada vez mais relacionada à satisfação, comodidades e valor agregado. Um estudo do Instituto Kantar Ibope Media apresentou resultados que apontam que 6% dos brasileiros que usam a internet, o equivalente a 4,9 milhões de pessoas, já transitam por alguma plataforma de metaverso. Este número demonstra que já existe um público habilitado, convencido e ativo para este meio esperando apenas a disponibilização de uma nova plataforma que unifique serviços, compromissos, experiências e interações.
De maneira geral, as empresas têm buscado se reinventar para acompanhar novas tecnologias como o metaverso, que cria experiências para os consumidores no mundo virtual. Aqueles que investirem nessa abordagem, desde agora, poderão obter grandes vantagens a médio prazo. “Trata-se de uma tecnologia ainda nova, que está se construindo e em transformação, por conta disso ainda é de difícil entendimento para setores que não tem uma ligação tão estreita com o mundo da tecnologia. Porém, inevitavelmente vai se tornar realidade, ou seja, aqueles que se adaptarem mais rápido sairão na frente e terão em mãos um diferencial fantástico para se destacar em relação à concorrência”, acredita o consultor de novos negócios do SEBRAE, Cícero Munhoz.
Seguindo essa linha, a Promob Software Solutions, marca global em soluções inovadoras para projetos de ambientes 3D, disponibilizou no estande da empresa durante a mais recente edição da ForMóbile, promovida em julho de 2022, um espaço em destaque que proporcionou uma experiência no metaverso, onde o visitante tinha a possibilidade de entrar em um ambiente tridimensional e caminhar como se estivesse dentro do projeto, interagindo com o ambiente projetado.
Segundo Jaqueline Maraschin, Head of Marketing da Promob, a intenção da empresa foi de proporcionar aos clientes, parceiros e visitantes uma experiência imersiva desta nova tendência. Vale ressaltar que essa ainda não é uma tecnologia oferecida pela marca ao mercado, mas se reconhece a importância de permitir a interação com este recurso, por ser uma das principais tendências voltadas ao segmento moveleiro.
Devido ao elevado grau de sofisticação, os mundos do metaverso contam com uma tecnologia de desenvolvimento diferenciada, em termos de imagens 3D, sons, entre outros detalhes. Portanto, a chegada do 5G, bem como a WEB 3.0, são fundamentais para que a experiência seja o mais real possível e ganhe um número maior de adeptos.
“Eu considero o metaverso uma grande evolução dos canais digitais, mais uma disruptiva mudança na maneira com que nossos clientes enxergarão as nossas marcas e produtos ou serviços. Assim como a chegada da internet e do e-commerce significaram. Da mesma maneira que outras ações de marketing requerem, há que se traçar uma estratégia, fazer uma previsão de investimento e ROI. Vale lembrar que como toda nova tecnologia, há, sem dúvida, muitos desafios a serem superados – desde infraestrutura até mão de obra qualificada”, pondera Vanessa Sebenello.
“O metaverso está ganhando corpo aos poucos porque a demanda de investimentos é muito alta, porém não vejo como retroceder. O consumidor poderá testar se a roupa lhe cai bem ou se o móvel se encaixa dentro de um cômodo. Com essa tecnologia, ele terá muito mais confiança e segurança ao comprar, o que impactará certamente no aumento de vendas. Em tempos tão acelerados, quem é que consegue ir em várias lojas atrás dos melhores preços e produtos? O cliente está em busca de facilidades, já imaginou comprar um imóvel sem precisar ir até ele? E ainda, mobiliá-lo por completo, em tempo real?” questiona Cícero Munhoz.
De acordo com o consultor de novos negócios do SEBRAE, o caráter imersivo do metaverso irá abrir novas oportunidades em jornadas de compras de produtos mais complexos. “É importante reforçar que estamos apenas no início deste movimento, ainda assim vejo o varejo brilhando muito no metaverso e atingindo grandes níveis de crescimento. Os consumidores estão ávidos por inovação, por novas experiências, por receber ofertas que condizem com os seus desejos. Assim como eles aprenderam o caminho de comprar e receber em casa e hoje esse modelo está consolidado, acredito que o mesmo irá acontecer, em um médio espaço de tempo, com o mercado em relação ao metaverso”, afirma.
Por fim, Vanessa Sebenello decreta: “temos que estar informados, prontos para oferecer melhorias e diferenciais aos nossos mercados, ajudar na educação de nossos clientes, com conteúdo e informações cada vez mais fáceis e disponíveis. Precisamos organizar e sistematizar os dados e processos de nossas empresas, oferecendo mais agilidade e eficiência. É preciso enxergarmos, também, outras empresas que sejam parte da nossa cadeia produtiva, como parceiros importantes de um grande ecossistema. Os negócios precisam se reinventar, posicionarem-se como plataformas. Gosto de dizer que o mundo novo, embora assustador, é cheio de oportunidades”, finaliza a Head of Marketing, Design and Digital Transformation na Pertech do Brasil.